sexta-feira, 17 de abril de 2020

DIÁRIO DE QUARENTENA


DIÁRIO DE QUARENTENA – ? DIA

Sugestão de obra: Agosto de Rubem Fonseca. Vencedor do Prêmio Camões (2003) e do Prêmio Machado de Assis (2015), Rubem Fonseca é, indubitavelmente, um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. Não é para “não iniciados” no mundo literário dos romances policiais, é verdade. É como dizia Drummond “Terrivelmente adulto”. Mas a vida e a realidade também são. Assim como na vida e na realidade (principalmente em tempos de uma pandemia mortal como o contagioso e genocida Coronavírus) prepondera nos livros de Rubem Fonseca uma atmosfera angustiante de imprevisibilidade e incerteza.

Tudo pode acontecer a qualquer momento e qualquer um pode morrer de uma maneira estúpida, violenta, prematura e injusta. Por isso, cada instante é precioso. Cada instante é um momento que devia ser vivido com amor e paixão, sem medo, sem vergonha e sem culpa. Em verdade, seus romances são extremos e contam histórias de amor e ódio, injustiça e vingança, mas também abrem espaço para o “inesperado incrível” como o perdão e a misericórdia. Uma lição libertadora de sua literatura é a evolução de certos personagens que se cansam de fazerem o papel de vítimas e tornam-se defensores radicais de seus direitos. Rubem Fonseca faleceu nessa quarta-feira, 15 de Abril de 2020.

“Quando a dor é muito grande o sofrimento é silencioso.” Rubem Fonseca

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