sábado, 16 de janeiro de 2010

OS SEGREDOS DOS CONCURSEIROS VENCEDORES

“Como é belo ver a astúcia combatendo a astúcia.”
Shakespeare



Saudações jurídicas, meu amor, como se sente?

Foi no último dia de aula da faculdade de 2009. Penetrei na Fortaleza do Saber (a biblioteca) do Pitágoras. É o meu canto preferido, o lugar mais silencioso e veemente da faculdade. Não é preciso ser um homem de letras para amar esse Esconderijo sagrado e democrático. Tanto os cabeças quanto os mortais comuns circulam pelo Santuário. Uns por prazer, outros por sobrevivência, claro, mas tudo é conhecimento. Isso sem levar em consideração a soberba bibliotecária loira de olhos azuis.

Enfim, eu estava decidido a encontrar um livro que me iluminasse o íngreme caminho das pedras dos concursos públicos. Encontrei Os Segredos dos Concurseiros Vencedores do Promotor de Justiça, escritor e professor o Dr. Francisco Dirceu Barros. Recheado de frases de reflexão o livro ensina a arte da guerra dos concursos públicos e preconiza a disciplina, persistência e paciência como uma espécie de santíssima trindade infalível da vitória.

Em sua parábola infracitada no capítulo “O segredo dos dois lados da mesma moeda” o Dr. Barros analisa a dualidade da vida e do Direito e orienta para o sábio cultivo da humildade. Afinal ele nos diz “O que é verdade hoje pode não ser ao amanhecer.” Não é verdade, chéri?

Observe a transcrição da parábola, meu amor:


“Conta-se que havia um rei muito poderoso que queria deixar uma grande herança para seu filho.

O rei sabia que riquezas materiais não garantiriam o futuro de seu filho e decidiu que ele seria o melhor advogado do reino.

Chamou o mestre do Direito e fez a seguinte proposta: -
“Quero que meu filho seja o melhor advogado do reino, para tanto tenho uma proposta: pago 1.000.000.00 de moedas cunhadas para que você ensine tudo de direito ao meu filho.

Após um longo debate o rei assinou um contrato com o mestre, ficando estipulado o pagamento de 500.000, 00 de moedas cunhadas logo na primeira aula e mais 500.000, 00 moedas cunhadas, quando o filho do rei ganhasse a primeira causa.

O mestre passou 5 anos, dias e noites ensinando matérias de Direito ao filho do rei, um belo dia solicitou uma audiência com o rei, afirmando que o aluno já estava pronto para ser o melhor advogado do reino, nesta ocasião, o rei lembrou que , segundo o contrato assinado, só pagaria os outros 500.000,00 de moedas cunhadas quando o seu filho ganhasse a primeira causa.

O tempo passou e o filho dele não entrou com a primeira causa, fato que estava causando impaciência no mestre de Direito, mas esse teve uma grande idéia, pediu uma audiência com o rei e foi logo dizendo: durante 5 anos eu ensinei tudo de direito a seu filho, mas a coisa mais importante que foi ensinada, é que: “é melhor fazer um acordo do que enfrentar uma longa demanda.”


O rei perguntou: o que você quer dizer com isso?

O mestre respondeu: quero fazer uma proposta, Vossa Majestade me paga agora as 500.000,00 de moedas cunhadas e eu não entro com a ação judicial cobrando a dívida, porque eu já tenho a causa ganha.

O rei perguntou: por que você acha que já tem a causa ganha?

E o mestre respondeu:

Porque de toda forma seu filho perde, se eu entrar com a ação judicial cobrando a dívida e o juiz me der a razão, eu ganharei as 500.000,00 moedas cunhadas, afinal, ordem judicial não se discute, cumpre-se e se eu perder seu filho ganhou a primeira causa, portanto, segundo o contrato assinado eu também ganharei as 500.000,00 moedas cunhadas.

O rei de imediato chamou o tesoureiro do reino e mandou pagar as 500.000,00 moedas cunhadas. O filho do rei que até então assistia tudo calado, pediu a palavra e disse:

-Na realidade em 5 anos de estudo o que eu aprendi de mais importante no Direito não foi que “é melhor fazer um acordo do que enfrentar uma longa demanda” e sim que o direito é como a vida “sempre tem dois lados”, portanto, entendo que se o mestre entrar com a ação cobrando a dívida e o juiz me der a razão eu não devo nada, afinal, ordem judicial não se discute, cumpre-se e se eu perder a causa, eu também não devo nada, pois conforme o contrato não terei ganhado a primeira causa.

E agora, amigo(a) concurseiro(a), quem tem a razão?”

Depende, Professor, rss... Mas uma coisa é inquestionável. Se eu precisasse de um advogado e pudesse pagar o preço dos honorários, claro, certamente contrataria o príncipe para me representar.

“Nunca é tarde demais para ser o que você podia ter sido.”
George Eliot



Você entendeu a mensagem do grande promotor?

Então, não é necessário dizer que a renúncia e o sacrifício que um estudo comprometido exige, impreterivelmente, resultarão na conquista de seu objetivo e nas vantagens e recompensas que esta conquista produzirá. Afinal, tudo tem dois lados. A vida. O direito. A sociedade. O amor. A morte?

É importante não esquecer uma lição marcante que a leitura deste livro nos transmite. Nunca escolha uma profissão pensando apenas no sucesso financeiro, pois mesmo que consiga ganhar muito dinheiro se você não gostar do que faz “futuramente ocorrerá uma frustração, que é um passo para o suborno, para o comércio ignóbil da função, para a prostituição da consciência, que é a corrupção.” Uma maldição do Brasil como bem sabe. Segundo o professor Barros devemos escolher apoiados em nosso ideal de justiça e na função social do cargo. Lindo, não? E nunca desistir. Estudar diariamente até passar no concurso, se esse for seu objetivo “justo e perfeito”. Afinal “o que é focado se expande.”. Portanto pelo o que pude observar o essencial é saber o que você quer e ter ATITUDE, ou seja, definir logo seu objetivo e ser proativo.

Em suma: sem dor, sem glória. Sem estudo, sem futuro. Tudo que você precisa é abandonar o “ponto de inércia” no qual por vezes se encontra estacionado e partir para a luta que mudará sua vida para sempre e lhe outorgará o direito e o poder de construir seu próprio destino. Não existe impossível. Não se dê o direito de desistir de si mesmo como os outros.

Assim, se analisarmos a relação custo-benefício veremos que estamos fazendo um ótimo negócio em médio prazo. Afinal existe “o tempo necessário para um cavalo voar.” Depois como diria Bob Dylan “Quando você não tem nada, você não tem nada a perder.” Tire sua máscara e lute pelo seu sonho. A lei da atração que declara que sua mente atrai o que deseja é fatal. Principalmente se acompanhada de planejamento, fé em si mesmo ou em Deus, se preferir e ação.

EDO recomenda a leitura de Os segredos dos Concurseiros Vencedores de Francisco Dirceu Barros. Uma fonte genuína de motivação moral, intelectual e psicológica para você abrir seus olhos de observador(a) e começar a “pagar o preço” que seu sonho desafiador vale. Ouviu, Thiago!?

Boa sorte, futuro(a) vencedor(a)! Eu desejo para você o segundo lugar nos concursos.

“Não se volta se a meta é a estrela.”
Leonardo da Vinci

THIAGO CASTILHO

2 comentários:

  1. Oi querido, adorei a parabola
    Bom, partindo da ideia que o rei era a autoridade maxima e que naquela epoca os contratos não tinha tanta força, acho que o principe levou a melhor ... Sem falar do fato de ter sido mto inteligente em absorver todo o conhecimento do mestre !!!!!!

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  2. Você tem toda razão, Ana!
    Um beijo e obrigado por comentar.

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