Loja de órgãos humanos, carros
flutuantes e um software que impeça os outros de ler seus pensamentos. Tudo
isso soa como ficção científica, mas não passa de ciência. É o que afirma o
cientista Michio Kaku em seu novo livro Física do Futuro. A partir de mais de
300 entrevistas com a nata da ciência mundial e visitas a laboratórios, o
cientista Michio Kaku oferece previsões para a vida que nos aguarda em 2100.
Veja a conversa da SUPER com o autor do livro "Física do Futuro":
Se
viajássemos numa máquina do tempo até 2100, como seria o mundo?
Em 2100, veremos nossos netos como
deuses da mitologia grega. Pensaremos e objetos se moverão, coisas se
materializarão, como se tivéssemos os poderes de Zeus. Seremos capazes de criar
novos seres vivos. Mas isso trará novas complicações. Hoje, por exemplo, já
temos o genoma completo do neandertal em um computador. Podemos trazê-lo de
volta ao mundo. Mas aí vem outra questão: para onde mandar um bebê neandertal?
Para o zoológico ou para Harvard?
Vamos
ler pensamentos?
Hoje já temos um dispositivo que se
acopla ao cérebro e que é capaz de identificar palavras individualmente. Isso é
um passo importante nesse sentido. O que precisaremos é criar softwares que
bloqueiem outras pessoas de lerem nossos pensamentos!
Qual
será o futuro do transporte?
A solução pode estar em superímãs. Com
eles, veículos poderão simplesmente flutuar sobre o asfalto. Por que você
coloca gasolina no seu carro? Para vencer a fricção. Sem fricção, um assopro é
impulso suficiente para movimentar um carro. O desafio agora é fazer com que
esses superímãs funcionem em temperatura ambiente [hoje eles só operam a
temperaturas bem abaixo de zero].
No
futuro, será mesmo possível fazer sexo por meio de aparelhos sensoriais?
Ainda não desenvolvemos nenhum tipo de
aparelho que possa ser inserido no cérebro e estimule diretamente as áreas
responsáveis pelo prazer sexual. Mas acredito que, independentemente dos
avanços tecnológicos, humanos desejam criar vínculos com outros humanos. E isso
nunca mudará.
Existem
limites na engenharia genética?
Hoje podemos criar pele, ossos, narizes,
válvulas cardíacas e até mesmo bexigas em laboratório. Mas órgãos complexos,
como rins e cérebro, ainda são um desafio. Em breve, será possível injetar
células-tronco diretamente no cérebro para que elas se integrem e formem novo
tecido cerebral. O primeiro fígado estará disponível em aproximadamente 5 anos.
Em 20 anos, conseguiremos projetar crianças geneticamente. E poderemos ter algo
como uma loja de órgãos humanos. Talvez, em 50 anos, seja possível desvendar o
segredo do processo de envelhecimento.
Qual
é a carreira do futuro?
Carreiras bem-sucedidas serão aquelas
que não podem ser executadas por robôs. Robôs não têm imaginação, criatividade,
liderança, experiência ou talento. O cérebro não pode ser produzido em massa.
Por isso, escrever uma música, um livro, criar uma obra de arte, uma nova
teoria, fazer pessoas darem risada, essas são tarefas que não podem ser
realizadas por robôs. São essas as pessoas que terão trabalho garantido no futuro.
Por: Ana Lúcia Souza
Dica
da Dani (somente para fãs bilíngues): Dexter
Vale
a pena conhecer o recém-nascido:
Vale
a pena sempre observar:
A ciência é fabulosa. Seria bom que criassem dispositivos contra a corrupção e o mau caratismo, só assim, um país como o Brasil se livraria de tanta bandidagem. Só não gostei da leitura de pensamento, aí já é o cúmulo da invasão de privacidade.
ResponderExcluirConfesso que já domino essa técnica 88 anos antes de sua popularização. Deve ser por isso meu desanimo com a humanidade...
ResponderExcluirIsso me lembra uma peça do que o meu amigo Harold assistiu na Rússia em que segundo ele uma personagem surgia no palco escuro gritando "Nós somos podres até os ossos!"
Um beijo do observador.